quarta-feira, 20 de abril de 2011

✘ Literatura Brasileira

  Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma familia de fazendeitos em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e começou a carrreira de escritor como colaborador do Diário de Minas. Antes a insistência familiar para que obtivesse um diploma, e acabou se formando em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925.
  Seus poemas abordam assunos do dia-a-dia, e contam com uma dose de pessimismo e irônia diante da vida. Além das poesias, escrevey diversas crônicas e contos.
  Os seus principais temas nas poesias são: conflitos sociais, a familia e os amigos, a existência humana, a visão sarcástica do mundo e as pessoas e as lembranças da terra natal. Suas obras de mais importância são: Brejos das Almas, E agora, José?, Lição de Coisas, Viola de Bolso, Fazendeiro do Ar, a vida passada a limpo e Novos Poemas.

  Faleceu em 17 de Agosto de 1987, no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua filha única. 

                                                               Poema 'E agora, José?'





 O poema mostra uma visão pessimista do cotidiano, e seu tema central é a solidão do homem, sua falta de espaço, revela uma profunda angústia pela vida.
   No início do percebe-se que existia felicidade, mas agora, já não existe mais, ' a festa acabou', e no seu lugar fica a escuridão, ' a luz apagou' , e a solidão, ' o povo sumiu'. José se pergunta sobre o significado da sua própria existência e do mundo. É um poema escrito durante a ditadura de Vargas e a segunda Guerra Mundial, José, apesar da dureza ainda tem o impulso de continuar seguindo. Mesmo sem saber para onde
' ... Você marcha, José! / José para onde?' O poema de Carlos Drumond de Andrade aplica-se aos milhares de "Josés" que transitam pela vida sem serem notados, ouvidos ou vistos. Aos "Josés" condenados pela sociedade à solidão e ao anonimato, que não tiveram nenhuma oportunidade de se realizar como homem. Que gritam, protestam, amam, mas têm seu grito sufocado pela indiferença, seu protesto ignorado e seu amor não correspondido, mas que continuam se arrastando pela vida sem saber onde vão chegar.



 ( Mariana Carvalho) 

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