
Seus poemas abordam assunos do dia-a-dia, e contam com uma dose de pessimismo e irônia diante da vida. Além das poesias, escrevey diversas crônicas e contos.
Os seus principais temas nas poesias são: conflitos sociais, a familia e os amigos, a existência humana, a visão sarcástica do mundo e as pessoas e as lembranças da terra natal. Suas obras de mais importância são: Brejos das Almas, E agora, José?, Lição de Coisas, Viola de Bolso, Fazendeiro do Ar, a vida passada a limpo e Novos Poemas.
Faleceu em 17 de Agosto de 1987, no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua filha única.
Poema 'E agora, José?'
O poema mostra uma visão pessimista do cotidiano, e seu tema central é a solidão do homem, sua falta de espaço, revela uma profunda angústia pela vida.
No início do percebe-se que existia felicidade, mas agora, já não existe mais, ' a festa acabou', e no seu lugar fica a escuridão, ' a luz apagou' , e a solidão, ' o povo sumiu'. José se pergunta sobre o significado da sua própria existência e do mundo. É um poema escrito durante a ditadura de Vargas e a segunda Guerra Mundial, José, apesar da dureza ainda tem o impulso de continuar seguindo. Mesmo sem saber para onde
' ... Você marcha, José! / José para onde?' O poema de Carlos Drumond de Andrade aplica-se aos milhares de "Josés" que transitam pela vida sem serem notados, ouvidos ou vistos. Aos "Josés" condenados pela sociedade à solidão e ao anonimato, que não tiveram nenhuma oportunidade de se realizar como homem. Que gritam, protestam, amam, mas têm seu grito sufocado pela indiferença, seu protesto ignorado e seu amor não correspondido, mas que continuam se arrastando pela vida sem saber onde vão chegar.
( Mariana Carvalho)
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